segunda-feira, 14 de julho de 2014

Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón

Frida Kahlo


Frida Kahlo, 6 de julho de 1907 - 13 de julho de 1954, Coyoacán, México, 
mas gostava de declarar-se filha da revolução ao dizer que havia nascido em 1910.
Foi uma artista única, para muitos é considerada a pintora do século. 
Apesar de seu pouco tempo de vida, nos deixou obras magníficas e intrigantes.
Sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias; aos 6 anos contraiu poliomelite, 
o que à deixou com sequelas na perna. Já havia superado essa deficiência quando o 
ônibus em que passeava chocou-se contra um bonde. Ela sofreu múltiplas fraturas e
 uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. 
Por causa deste último fez várias cirurgias e ficou muito tempo presa em uma cama.
Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho 
em cima de sua cama. Frida sempre pintou a si mesma: 
"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor".
Suas angustias, suas vivências, seus medos e principalmente seu amor pelo marido Diego Rivera.

 
A sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. 
Diego tinha muitas amantes e Frida não ficava atrás, compensava 
as traições do marido com amantes de ambos os sexos. 
A maior dor de Frida foi a impossibilidade de ter filhos 
(embora tenha engravidado mais de uma vez, as seqüelas 
do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final), 
o que ficou claro em muitos dos seus quadros.
Destacou-se ao defender o resgate à cultura dos 
astecas como formade oposição ao sistema
imperialista cultural europeu.

"Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?"

"Eu nunca pinto sonhos ou pesadelos. Pinto a minha própria realidade."

"Bebi porque queria afogar minhas mágoas, mas agora as coisas malditas aprenderam a nadar."

"Eu pinto autorretratos porque estou muitas vezes sozinha e porque eu sou a pessoa que eu conheço melhor."

"A pintura tem ocupado minha vida. Perdi três filhos e uma série de coisas que poderiam ter preenchido a minha vida horrível. A pintura substituiu tudo. Eu acho que não há nada melhor do que trabalhar."


"Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. 
Nunca pintei sonhos, só pintei
minha própria realidade"

Frida contraiu uma pneumonia e
morreu em 1954 de embolia pulmonar.
"Espero alegremente a saída - e espero

nunca mais voltar - Frida"




segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ai Weiwei

 Ai Weiwei é um artista nascido em 28 de agosto de 1957, em Pequim, na China. 
É um artista contemporâneo, atuante em escultura, instalação, arquitetura, curadoria, fotografia, cinema e crítica social, política e cultural. 
Como um ativista político, ele tem sido, abertamente, crítico da postura do governos sobre a democracia e direitos humanos, e por isso foi preso dia 3 de abril de 2011, passando 81 dias detido em um local secreto. Experiência que virou uma música, intituladaDumbass, e um vídeo (http://aiweiwei.com/mixed-media/the-divine-comedy/)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Jeff Wall


 Jeff Wall é um artista contemporâneo de importância fundamental para a consolidação
da fotografia como forma de arte. Seu trabalho intervencionista transita, com
naturalidade, entre o real e a ficção, além de aliar harmonicamente características
tradicionais e experimentais na mesma obra. Este artigo faz uma análise das
cinematografias de Wall, relacionando-as com questões importantes discutidas ao longo
da história da fotografia, com o objetivo de desfazer preconceitos que estão vinculados à
imagem fotográfica desde a sua criação. 

 
Jeff Wall produz, segundo ele próprio (JEFF, 2005), três tipos de imagens
fotográficas. O primeiro é a imagem “extremamente artificial”, sem ligação direta com
o real. O segundo é a chamada straight photography (ou fotografia direta), que, de acordo com ele,
são “imagens tão verdadeiras quanto qualquer outra da história da fotografia”.
E o terceiro são imagens quase encontram no meio do caminho entre as duas anteriores, 
parecendo meio artificiais, meio verdadeiras; meio fictícias, meio reais. Dentre essas três categorias de imagens, a
que nos interessa como objeto de estudo é a terceira, justamente pela tentativa de rompimento com as 
fronteiras entre o real e a ficção na fotografia. O método utilizado para a produção dessas imagens – 
apelidado pelo próprio Wall de cinematografia – consiste na realização de uma fotografia “montada”,
produzida como um filme onde Wall seria o diretor. Ele constrói a cena, dirige os atores, tira inúmeras fotos 
até encontrar a que melhor lhe convém para a situação. 

Às vezes, quando julga necessário ou apropriado,junta mais de uma imagem, através da
montagem digital, para criar a cena que deseja criar outra característica significante no trabalho 
de Wall é o rigor técnico empregado na realização de suas cinematografias.
Seus enquadramentos são minuciosamente pensados, assim como cada detalhe que 
resolve incluir ou retirar de suas fotos. Esses aspectos técnicos – entre eles o formato
horizontal, a escala grande e a precisão da composição – renderam comparações de suas
 fotografias com os clássicos tableaux, Jeff Wall, inclusive, reivindicou o termo tableau
para designar suas fotos, no final da década de 1970.

Quando eu compreendi que havia meios de introduzir uma forma de teatro ou
artifício na fotografia, eu acabei compreendendo também que essa teatralidade
era compatível com o “estilo documental” da street photography. [...] Eu senti
que poderia fazer algo que parecesse street photography, ou que, pelo menos,
tivesse uma relação interessante com o que a
street photography pretendia. 

Mimic
“Mimic” foi minha tentativa de juntar astreet photography com a cinematografia. [...] Se eu tivesse fotografado
“Mimic” com um filme de pequeno formato, o que teria sido maisfácil tecnicamente, 
eu teria uma superfície granulada, o que atrapalharia a visualização dos corpos no espaço. 
Foi fotografado em 8x10. Então teve que ocorrer uma hibridização desse tipo de fotografia [...]. (WALL, 2007, p.280)