sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Kailash Raj




 Kailash Raj é um descendente de uma família de pintores tradicionais de Jaipu - Índia, e foi fortemente influenciado por seu avô (Nanu Lal) e pelo trabalho de seu bisavô (Amba Shankhar).  


 Sua família é uma das poucas que conseguiram manter sua tradicional arte viva ao longo do século XX.


  Hoje, Kailash Raj é o artista principal de sua oficina, com vários aprendizes sob sua tutela. Além disso, ele serve como um mentor para os jovens artistas de outras áreas do Rajastão, que vão a ele por orientação e inspiração. 
  

 Embora educado na tradição familiar Jaipur, Kailash estudou Mughal e estilos regionais intensamente, produzindo belas obras inspiradas em outras escolas.







 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Denis Peterson

  As fantásticas obras  hiper-realistas de Denis Peterson

 

Peterson nasceu em Nova York, em 1944. Seu avô e protegido de Claude Monet (1840-1926), restaurou obras de Rembrant e o ensinou as técnicas de desenho e pintura dos velhos mestres. Formado-se na Hofstra University, em Nova Yorke, já havia trabalhado, para museus, na restauração de numerosas pinturas do século XVI e XVII. Foi trabalhar como ilustrador para estúdios e agências de publicidade, ao mesmo tempo em que mantinha seu próprio ateliê. Em 1973, estava entre os primeiros pintores fotorrealismo a despontar em Nova York. Por volta de 1980, ele fechou o ateliê e interrompeu as exposições de suas obras para ajudar a cuidar da fampilia. Em 2000 voltou a pintar em tempo integral. Peterson diferenciou o hiper-realismo do fotorrealismo ao se basear em uma filosofia de simbolismo icônico visual. Produziu quatro séries temáticas principais: Não derrame lágrimas, O muro, Caminhando em Nova York e Feira de luz. Do pó ao pó foi a primeira pintura da inconfundível sério O muro, que ele iniciou depois de se sentir atraído por um instantâneo fotógrafo Hugh Hill. Inspirado pela dedicação de Hill aos despossuídos, ele trabalhou 2 anos nesta série.

Não derrame lágrimas, de 2006, é uma séries de Peterson que se concentra no genocídio, na dor e na sobre-vivência. Retrata um refúgio de Darfur, no Sudão. O Interesse em retratar o sofrimento causado pelo conflito talvez se deva ao fato de sua bisavô ser armênia que fugiu para a América para escapar do genocídio que ocorreu no Império Otomano no início do séc. XX. A técnica hiper-realista de Peterson, inspirada pelo fotojonalista, permite que ele mostre mais detalhes do que as fotos que lhe servem de base. Ele altera a composição de cada foto ao acrescentar ou retirar partes da imagem, ao adicionar e enfatizar detalhes e mudar a coloração. 

da série Não derrame lágrimas
da série O muro
da série Caminhando em Nova York


Fonte: The is art, 2010, London e http://translate.google.com.br/translate?hl=pt&sl=en&tl=pt&u=http%3A%2F%2Fwww.denispeterson.com%2F&anno=2

George Grosz

Berlin, 1893-1959
Tendo estudado desenho em Dresden e em Berlin, Grosz, pintor e desenhista, chamou atenção entre os anos de 1909 e 1917 para seus trabalhos satíricos contrários à guerra.  Entre 1918 e 1924, no tumulto que se seguiu  à Primeira Guerra Mundial, Grosz trabalhou fazendo cartazes dadaístas de propaganda. Pioneiro em fotomontagem, ele adaptou a técnica para pintura. Ele usou aquarela, caneta e tinta para destacar de forma brutal a sociedade do pós-guerra, mas particularmente infamantes são os desenhos de 1921, A face da classe dominante.

Lovesick, 1916

John the Sex Murderer, 1918

Homenagem a Oskar Panizza, 1917 
 
Quando Hitler se tornou chanceler da Alemanhã, em 1933, e George Grosz saiu imediatamente do país para o exílio, o resumo de tudo o que ele odiava na psique de muitos de seus compatriotas – militares, xenofobia e avidez por um poder dominador  - havia, finalmente, triunfado: os nazistas assumiram o poder. Os nazistas, por sua vez, o haviam rotulado de “bolchevista cultural número 1”, em parte porque, após se juntar ao partido comunista alemão em seu início, em 1918, ele atuou na militância política sob o pseudônimo de “propagandada” no dadísmo de Berlin, mas em especial porque sua arte havia , consistentemente, arrancado as máscaras da legitimidade do nazismo. Os pilares da sociedade é uma das pinturas mais persuasivas e abertamente políticas de Grosz. Algum tempo antes, ele enfocara os exploradores da guerra e seus aliados políticos, assim como aqueles que ficaram mutilados nos campos de batalha. Nesta obra estão os enganadores e corruptos formadores de opinião da Alemanha, que estavam levando o país em direção à guerra e aos conflitos civis. Grosz costumava fazer desenhos rápidos dos rostos das pessoas que o interessavam, e estes forneciam um rico material para seus retratos satíricos. Atrás dos “pilares”, ele pintou um edifício em chamas, com operários carregando pás, marchando para a esquerda, enquanto os soldados nazistas caminhavam para a direita. Na época, Grosz havia atingido um estilo gráfico que ultrapassava a mera caricatura para se tornar uma imagem satírica.
 
Os pilares da sociedade, 1926
 
Em 1924 aderiu à pintura a óleo e contribuiu muito para a tendência da Neue Sachlichkeit, terceira manifestação do Expressionismo Alemão – o termo quer dizer “nova objetividade”,  e representa o desejo de muitos artistas alemães do início da década de 1920 de olhar criticamente para a sociedade em que viviam e retratar a realidade de uma maneira objetiva e desapegada – assim sendo, seus temas refletiam a selvagem polarização política da sociedade alemã.

Caricatura do Poeta Max Herrmann Neisse, 1927

Em 1933, Grosz deixou a Alemanha e estabeleceu-se nos EUA e ensinou na Art Students Leangue de Nova York. Ele voltou à Alemanha em 1959, o ano de sua morte, sentindo que seu sonho americano não passara de uma “bolha de ar”.

Desempregados, 1934

Glad to Be Back, 1943


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Surrealismo

Surgiu em Paris no começo da década de 1920 para se tornar uma das mais importantes tendências artísticas do século.


Originalmente um estilo literário criado por um grupo de poetas de vanguarda, os termos "surrealismo" e "surreal" entraram na linguagem comum para descrever acontecimentos de natureza bizzara ou estranhamente coincidentes. A palavra francesa "sur-réalisme"  (super realidade) foi utilizada pela primeira vez em 1917 pelo poeta e crítica Guillaurme Apollinaire, mas somente quando os poetas André Breton (1896-1966) e Louis Aragon (1897-1982) a adotaram, dando-lhe significado teórico e prático, a época passou a existir. Breton e seus colegas acreditavam que o propósito da criatividade era libertar o inconsciente, que a humanidade tinha uma procupação natural com os 3 fundamentos da existência - sexo, violência e morte - e que era impossível agir instintivamente na sociedade ocidental "organizada".

Grupo de artistas surrealistas numa feira de Montmartre, Paris (sem data). 
Na bicicleta, está Louis Aragon: no canto, à direita, André Breton.
 Breton e seu cículo publicavam suas idéias no periódico Littérature, com artigos que discutiam o significado do dadaísmo. A partir de 1920, artistas dadaístas com Max Ernt (1819-1976) fizeram da capital francesa o seu lar. Breton, embora criticasse o dadaísmo pelo que via como tendências niilistas e antiarte, aoreciava a sua espontaneidade e sua inconclastia e considerava a colagem dadaísta a ferramenta visual ideal para seus propósitos "poéticos". A arte dadaísta também justapunha aspectos contraditórios da realidade para criar uma "super-realidade". Ernst produziu muitas colagens depois de se mudar para Paris e desenvolveu as técnicas gráficas de fronttage - friccionar objetos com o lápis para criar imagens - e grattage - espalhar tinta semisseca por toda a tela para revelar as marcas de objetos por baixo. Suas telas são habilitadas por formas de vidas inventadas e revelam também seu fascínio pelas aves.

A Roupa da Noiva (1940), de Max Ernst
 Em seu afã de descobrir novos estados mentais, os surrealistas realizavam experiências com hipnose, drogas, álcool, sessões espíritas e transes. Faziam de respostas rápidas para revelar associações ocultas de palavras e escreviam poemas minimamentes premeditados em sessões de escrita automática. Também contavam seus sonhos e os analisavam coletivamente enquanto discutiam os escritos psicanalíticos de Sigmund Freud.

André Masson (1869-1987) se juntou aos surrealistas em 1924 e começou a desenhar da mesma forma "automática" com a qual o grupo fazia poesia. Fez também  experiências jogando aleatoriamente cola e areia sobre a tela para criar formas que eram depois desenhadas e pintadas.

André Masson, Gradiva (1939)
  Joan Miró (1893-1983), artista catalão apresentado aos surrealistas por Masson, também incorporou elementos do acaso em sua pintura. A arte de Miró é mais alucinatória que onírica: seua quadros no começo da década de 1920 trazem as marcas das visões que experimentou em épocas de pobreza e fome. Suas complexas passagens são habitadas por estranhos seres feitos de hastes e amebas. As cores fortes e as formas fantásticas também são típicas do estilo de Miró: Hirondelle Amour é uma de quatro pinturas preparatórias para tapeçarias produzidas durante o período que marcou seu retorno à pintura, após trabalhar em colagens e criações baseadas em obras-primas holandesas.

Joan Miro Hirondelle Amour, 1933-34

 continua...



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A MATURIDADE DA FOTOGRAFIA



A fotografia foi aceita como arte pela primeira vez no inicio do século XX. 

Era empregado o termo “pictorialismo” para descrever as fotografias que simulavam o estilo das pinturas e que eram manipuladas pelo uso do foco branco e tons de sépia, por exemplo. Fotógrafos americanos e europeus criaram sociedades exibir suas obras e divulgar a fotografia como uma forma de arte que retratava a verdade e empregava o naturalismo. Um desses grupos foi o Camara Club de Nova York. Porém, como as exposições de arte eram julgadas por artistas, Alfred Stieglitz (1864-1946), o primeiro a expor no Camara Club de Nova York, decidiu fundar o grupo chamado de Photo-Secession  e exibiu suas obras numa exposição no National Arts Club de Nova York em 1902, sendo aclamado pela crítica.  Anos depois ele inaugurou a Little Galleries do grupo Photo-Secession, junto com o colega fotógrafo Edwuard Steichen (1879-1973). O lugar ficou conhecido como “291”, numa referência a seu número na Quinta Avenida. Numa atitude revolucionária, eles exibiram fotografias ao lado de pinturas e esculturas modernistas. 


Steichen também foi um pioneiro, ele processou manualmente sua imagem do Edifício Flatiron de Nova York usando camadas de pigmentos sobre numa solução fotossensível de goma arábica e bicromato de potássio, resultando numa imagem colorida antes mesmo que a fotografia colorida fosse inventada, dando à imagem a notável aparência de pintura.
Stieglitz rompeu limites artísticos com a sua fotografia The Steerage, que mostra passageiros de primeira e segunda classes num vapor prestes a zarpar de Nova York para a Alemanha. A combinação do tema urbano, que ilustra a divisão entre ricos e pobres, e as formas angulares marcam uma mudança no naturalismo do pictorialismo em direçãoao cubismo.


 Depois da Primeira Guerra Mundial, os artistas entraram no espírito no espírito prevalecente de celebração da mecanização e da velocidade. O modernismo ficou evidente na obra dos fotógrafos na Europa, nos Estados Unidos e no Japão quando eles começaram a criar imagens de arestas, geralmente em close, admiráveis por sua precisão e seus contornos claros. Nos EUA, um apadrinhado d eStieglitz, Paul Strand (1890-1976), criou imagens de áreas urbanas e paisagens com um quê de abstrato que dão ênfase à forma e aos movimento. Ele era mebro da Photo League de NY, um grupo de buscava usar a fotografia como um modo de promover as reformas sociais na década de 1930. Entre outros membros do grupo estavam Edward Weston (1886-1958) e Ansel Adams (1902-1984). Em 1932, eles fundaram o grupo f/64, uma sociedade com poucos fotógrafos, cujo objetivo era desafiar o predomínio do pictorialismo. O grupo defendia a fotografia pura e buscava retratar uma imagem do modo mais realista possível, sem uso de manipulações. Suas obras com ênfase na profundidade de campo revolucionarama fotografia de paisagem e prenunciaram um afastamento do foco brando do pictorialismo euma aproximação das fotografias que mostravam detalhes sensíveis e belas formas orgânicas, como se pode ver em Folha de Repolho, de Weston, 1931.




continua...